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segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Outubro Rosazul - Campanha defende importância do diagnóstico precoce


Segunda-feira, 12 de outubro de 2015
Coordenadora do programa Saúde da Mulher, Luana Medeiros, alerta para a necessidade de detecção precoce da doença – Foto Ednilto Neves
“O simples ato de se tocar, de tocar as mamas pode significar a descoberta que salvará a sua vida”. Essas são as palavras da consultora Patrícia Castro de Carvalho, que graças ao autoexame das mamas iniciou a sua batalha para vencer o câncer e hoje, quase quatro anos depois do diagnóstico positivo, faz questão de contar a sua experiência com o objetivo de alertar mulheres a conhecerem o próprio corpo e a buscarem ajuda diante de qualquer indício de que algo está errado com a sua saúde.
A campanha ‘Outubro Rosa’ este ano vem sendo realizada com um diferencial, em que a Secretaria Municipal de Saúde está promovendo, durante os meses de outubro e de novembro, o Movimento Rosazul, em alusão ao combate aos cânceres de mama e de próstata. Durante 60 dias, as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) realizarão uma série de ações para conscientizar a população sobre as medidas de prevenção.
A história de Patrícia Castro foi apresentada na semana passada às mulheres que aguardavam atendimento na UBS Maria Soares, localizada no bairro Alto de São Manoel. Foi através do autoexame que ela teve as primeiras suspeitas e imediatamente procurou um médico mastologista. “Muitas mulheres têm medo de fazer o autoexame, de tocar as próprias mamas. É um ato tão simples e que graças a ele eu pude iniciar a minha batalha contra a doença. Esse procedimento é muito simples e deve ser levado a sério. Foi a partir dele que tive as primeiras suspeitas, procurei um mastologista e fiz o tratamento em tempo ágil. O câncer é uma doença silenciosa e quanto mais rápida for detectado, mais chances o paciente tem de conseguir a cura e hoje posso dizer que estou curada”, conta.
Com a intervenção do especialista, que solicitou todos os exames necessários para a comprovação da doença, Patrícia conta que levou em torno de um mês para iniciar o tratamento, realizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS), grande parte dele no Centro de Oncologia e Hematologia de Mossoró (COHM). Ela lembra que foi submetida a uma cirurgia para a retirada do tumor e, como Mossoró não dispunha do serviço de Radioterapia na época, ela tinha que se deslocar para Natal, o que tornava o tratamento mais difícil, desconfortável e a deixava longe da família. “Graças a Deus esse serviço já é ofertado aqui em Mossoró. Lembro que era uma das coisas mais difíceis do tratamento ter que me deslocar para Natal… Muitos pacientes carentes dependiam de ônibus da Prefeitura para viajar. É tudo muito sofrido. Fiquei muito feliz de saber que agora temos aqui na cidade porque possibilita aos pacientes estar com a família, fato que é muito importante para a gente que atravessa um tratamento contra o câncer. Graças a Deus eu tive o total apoio da minha família nesse momento em que nós ficamos fragilizados, debilitados e que a autoestima costuma cair. Lembro que em minhas orações eu sempre pedia a Deus para me ajudar, pra que eu permanecesse confiante, que não deixasse minha autoestima cair e nessa hora precisamos demais daquelas pessoas que nos amam”, conta.
Quanto ao tratamento disponibilizado na cidade quando precisou, há quase quatro anos, a paciente diz que foi muito bem acompanhada pelos especialistas do COHM e que desde a descoberta tudo ocorreu de forma muito ágil e rápida, o que possibilitou um resultado bastante positivo. “A minha cirurgia foi marcada com bastante rapidez e, segundo os médicos, foi uma intervenção perfeita, o que eles chamam de ‘cirurgia de congresso’, visto que conseguiram um ótimo resultado. Quando ouço notícias de problemas enfrentados com o serviço, seja pelo atraso, seja pela demora no atendimento, fico muito triste, porque só quem precisa é que sabe da importância da agilidade na realização dos procedimentos. Doença não espera… Saúde tem que ser tratada com a total prioridade, seja qual doença for, das mais graves como o câncer às mais simples, não interessa, quem está doente tem que ser tratado com rapidez”, diz.
Para as mulheres, Patrícia dá um conselho: “Se conheçam, se preocupem consigo, se amem, se respeitem, façam o autoexame e caso perceba algo diferente, seja fortes e procurem ajuda. É importante também que nós nos apoiemos umas às outras, por isso estou fazendo a minha parte, contribuindo de certa forma contando a minha experiência na tentativa de conscientizar o maior número de pessoas possível”, destaca.
ATENDIMENTO
A porta de entrada para os pacientes é primeiramente as Unidades Básicas de Saúde (UBS). O início da investigação diante de qualquer suspeita da doença deve ser feito pelo médico através de exames mais precisos que podem detectar e comprovar o câncer.
No caso do câncer de mama, o exame mais preciso na identificação da doença é a mamografia. De acordo com a coordenadora do Programa Saúde da Mulher, Luana Medeiros, em Mossoró as pacientes com solicitação do médico podem realizar o exame em três locais: A Fundação José Vieira, o Centro de Oncologia e Hematologia e ainda o Hospital Wilson Rosado. Mensalmente o Município oferta uma demanda de 1.040 mamografias, quantidade que, segundo a coordenadora atende a necessidade de Mossoró. “Não temos fila de espera para fazer mamografia. Assim que o exame é solicitado, a paciente pode escolher um dos três locais para marcar o atendimento, em torno de 15 dias ela já está com o resultado para mostrar ao médico. Caso o tumor seja detectado e após a realização de outros exames de praxe, em torno de um mês essa paciente já deve começar o seu tratamento. Sabemos que pacientes com câncer não podem esperar porque a doença se agrava. Temos conseguido seguir a legislação em relação a esses prazos”, informa. Pacientes também realizam tratamentos pelo SUS no Hospital de Radioterapia e no Hospital Wilson Rosado.
A lei federal 12.732/12 estabelece um prazo máximo de 60 dias para que pessoas com câncer iniciem o tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Nesse período, que conta a partir da confirmação do diagnóstico e da inclusão dessas informações no prontuário médico, os pacientes devem passar por cirurgia ou iniciar as sessões de quimioterapia ou radioterapia, conforme a indicação de cada caso. O paciente que não conseguir iniciar seu tratamento dentro do prazo que prevê a lei pode fazer uma denúncia junto à ouvidoria do SUS pelo telefone 136. Essas denúncias serão fiscalizadas pelo Ministério da Saúde. Em último caso, o paciente pode ainda acionar a Justiça contra o estado ou o município em que o problema tiver ocorrido.
 Gazeta do Oeste
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