- O papa Francisco disse, neste domingo, que recebeu com muita dor a notícia do atentado em Ancara, na Turquia, que matou 95 pessoas. O religioso adiantou ainda que vai rezar pelo país.
– No sábado, recebemos com grande dor a notícia do terrível massacre em Ancara, na Turquia. Dor pelos numerosos mortos. Dor pelos feridos – disse o sumo pontífice aos fiéis reunidos na Praça de São Pedro após a habitual oração do Angelus.
O papa lembrou que os autores do atentado atacaram pessoas indefesas, que se manifestavam pela paz na região. “Por causa disso, rezo por aquele querido país, peço ao Senhor que acuda as almas dos mortos e conforte os que sofrem e seus familiares”, acrescentou.
Francisco esteve na capital turca em novembro do ano passado, quando visitou o país. Ao concluir a referência ao atentado, o papa pediu aos presentes que rezassem em silêncio durante alguns segundos.
Atentado na Turquia
O duplo atentado suicida registrado no sábado, em Ancara, na Turquia, provocou pelo menos 95 mortos, de acordo com balanço divulgado início da noite pelo gabinete do primeiro-ministro Ahmet Davutoglu. O balanço anterior indicava 86 pessoas mortas no atentado contra militantes de partidos, sindicatos e organizações não-governamentais de esquerda.
Também o número de feridos aumentou em relação ao balanço anterior, feito à tarde, passando de 186 para 246, dos quais 48 estão sob cuidados intensivos no hospital de Ancara, adiantou o governo turco, acrescentando que este foi o atentado mais mortífero já registado na Turquia.
O duplo atentado aconteceu há três semanas das eleições legislativas turcas, antecipadas para 1º de novembro. O governo decretou três dias de luto nacional, e a repercussão do atentado provocou vários movimentos de protesto na Turquia e em diferentes países europeus.
Em Istambul, pelo menos 10 mil pessoas foram às ruas para contestar e atribuir responsabilidades pelo atentado ao governo turco. Eles exibiam grande faixa com a frase “Conhecemos os assassinos”, e vaiavam o presidente islâmico-conservador turco, Recep Tayyip Erdogan, e o Partido da Justiça e Desenvolvimento (AKP), no poder desde 2002, segundo o testemunho de um repórter fotográfico da agência noticiosa francesa AFP.
Correio do Brasil
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