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sábado, 13 de junho de 2015

Dilma diz que inflação é atípica e será derrubada


Sábado, 13 de Junho de 2015
inflaçãoA presidenta Dilma Rousseff disse, nesta quinta-feira, que a inflação oficial, que no acumulado de 12 meses chegou a 8,47% – a maior taxa desde dezembro de 2003, preocupa o governo, mas que é “atípica” e conjuntural, afetada pela seca e pelas variações cambiais que desvalorizaram o real. Segundo ela, a população não deve deixar de consumir por causa da alta dos preços.
– Não acho que a população tem que consumir menos, pelo contrário, a população deve continuar consumindo. A inflação deste ano é uma inflação atípica, ela é fruto de várias correções – disse a presidenta, em entrevista em Bruxelas, antes de voltar ao Brasil após participar da 2º Cúpula da Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e da União Europeia (UE).
– [Os números] Preocupam bastante, porque a inflação é um objetivo que temos de derrubar e derrubar logo. O Brasil não pode conviver com uma taxa alta de inflação. Não pode e não vai – acrescentou.
Dilma destacou a seca nas regiões Nordeste e Sudeste que, segundo ela, elevou o preço dos alimentos, e o ajuste cambial como causas do aumento da inflação nos últimos meses.
– Esse ajuste cambial não fomos nós que provocamos, sofremos os efeitos dele – disse.
A presidenta voltou a defender o ajuste fiscal e disse que o governo está tomando as medidas “a fim de se fortalecer macroeconomicamente para construir uma situação estável”, o que deve ter impacto no controle da inflação.
Perguntada se o Brasil está vivendo um momento de austeridade fiscal, como a Grécia, Dilma respondeu que a situação do país é muito diferente, sem desequilíbrio ou dificuldades estruturais, mas que todas as economias ainda sofrem os efeitos da crise financeira internacional de 2008. Naquela época, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparou a crise a uma “marola” que não atingiria com força o Brasil. Hoje, Dilma disse que a marola virou “onda”, em referência à expressão usada por Lula.
– Naquele momento foi marola sim, óbvio. É que depois a marola se acumula e vira uma onda. Agora, sabe por que ela vira onda: porque o mar não serenou, meu filho – disse, citando as dificuldades de recuperação das economias dos Estados Unidos e da União Europeia.
– São sete anos de crise nas costas – calculou.
Após a entrevista, Dilma embarcou para o Brasil e vai desembarcar em Salvador, onde participará da abertura do 5º Congresso Nacional do PT.
Em defesa da Argentina
Diante de mais uma tentativa sem sucesso de destravar um acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia (UE), a presidenta Dilma Rousseff disse nesta quinta-feira que não ficou frustrada com a falta de resultados e que negociações desse tipo não são triviais e dependem de acordos internos nos blocos.
Dilma participou na quarta-feira e hoje da 2º Cúpula entre a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e a União Europeia. A expectativa era de que a cúpula pudesse ser o cenário para o avanço da negociação entre o Mercosul e a UE, com a apresentação de suas ofertas comerciais, quando os dois lados montam uma lista de quais produtos poderão ter as tarifas zeradas. A apresentação tem que ser simultânea e já chegou a ser negociada em 2013 e 2104, mas não aconteceu.
– Não saio frustrada, isso não significa que não terá a data. Nós fazemos a proposta, aí eles têm de olhar as condições deles e fazer a mesma proposta. Acredito que é muito importante o Mercosul sinalizar que vai unido, acho que eles também vão ter de sinalizar porque, apesar de a Comissão Europeia ter o poder de firmar um acordo, esse acordo tem de ser de 27 países, não é trivial, nenhum país é igual ao outro – avaliou, em entrevista antes de embarcar de volta ao Brasil.
Dilma defendeu a relação do Brasil com a Argentina, principal opositora do acordo com a UE dentro do Mercosul, e negou que o governo tenha “perdido a paciência” com o país vizinho.
– Essa visão de que o governo perdeu a paciência com a Argentina não representa jamais o que o governo brasileiro pensa. A Argentina é um grande parceiro, temos de ter toda a consideração com a Argentina e não existe motivo para a Argentina não ir conosco – ponderou.
A presidenta argentina Cristina Kirchner não participou da cúpula em Bruxelas. Dilma disse que criticar a posição da Argentina é uma tentativa de culpar sempre os latino-americanos e lembrou que a União Europeia também tem divergências internas sobre acordos comerciais com outros países e blocos.
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