- Apesar dos servidores do Estado na Saúde terem decretado greve na quinta-feira passada, 11, em um ato público, em Natal, os servidores de Mossoró ainda não aderiram à paralisação. A adesão deve ser iniciada na próxima quarta-feira, dia 17, após assembleia que será realizada em frente ao Hospital Regional Tarcísio Maia (HRTM), às 9h.
Um dos motivos da não adesão ao movimento paredista, de acordo com o diretor regional do Sindicato dos Servidores da Saúde (SINDSAÚDE), João Morais, é que, principalmente no Hospital Regional Tarcísio Maia há o pouco quantitativo de servidores, sendo que em alguns setores há apenas uma pessoa para exercer a função, o que não permitiria a manutenção dos 30% de servidores exigidos por lei.
A diretoria do sindicato visitou o Tarcísio Maia na manhã de ontem, comunicando oficialmente os servidores sobre a assembleia. “Teve setores que a gente chegava e as pessoas questionavam como entrariam em greve sem ter que ficasse na função. E esse é um dos pontos cobrados pela pauta da paralisação, a contratação de profissionais porque estes que aí estão são sobrecarregados. Para estes locais ainda vamos estudar como será feito para que eles possam participar da luta”, destaca João Morais.
Ele conta ainda que em todos os setores do hospital ouviu as reclamações dos servidores sobre as péssimas condições de trabalho no local. “É esta a situação do Tarcísio Maia, pacientes nos corredores, falta de profissionais nas escalas, de insumos”, continua.
A partir da próxima semana será iniciada a visitação em outros locais para a convocação dos servidores, como a II Unidade Regional de Saúde Pública (II URSAP), o Hospital Regional Rafael Fernandes, o Hospital da Mulher Parteira Maria Correia, Banco de Leite, Laboratório Regional de Mossoró (LAREM) e Laboratório de Citopatologia.
Além destes, as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) também serão visitadas. “Temos servidores do Estado que estão cedidos ao município trabalhando nas Unidades Básicas e que também querem lutar pelos seus direitos”, diz o diretor regional do Sindsaúde.
REIVINDICAÇÕES
Os servidores do Estado da Saúde em greve exigem a melhoria dos serviços de saúde, como o aumento do número de leitos e o abastecimento nos hospitais, a finalização das obras do Hospital Tarcísio Maia, entre outros pontos. Além disso, ainda buscam um reajuste salarial de 27% para aqueles que estão nos hospitais.
Já para os que são municipalizados, assim como para os aposentados, o reajuste exigido é de 61%, baseado na defasagem salarial. Segundo o diretor do sindicato, os servidores do Estado que estão municipalizados estão há quatro anos sem reajuste, assim como os aposentados, que pedem os mesmos 61% de aumento.
Ainda está sendo reivindicada a implementação da tabela de qualificação de trabalho, a convocação dos aprovados em concursos públicos e a mudança de nível, que desde 2012 não é realizada, o que faz com que o servidor perca 3% no seu salário.
Entrave
- Em alguns setores do HRTM apenas uma pessoa exerce a função, o que não permitiria manutenção dos 30% de servidores
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