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sábado, 6 de junho de 2015

Presidente do PT bate no judiciário, afirma que não existe crise e critica fortemente o governo DILMA pelos ajustes


Sábado, 06 de maio de 2015
Sérgio Lima/Folha
O ajuste fiscal do governo mal começou e o presidente do PT, Rui Falcão, já não suporta mais o tema: “É tempo de parar de falar em ajuste e falar em investimento, emprego, distribuição de renda, crescimento econômico com inclusão social.”

Segundo Falcão, o PT se encarregará de mudar de assunto no seu 5º Congresso Nacional, na semana que vem: “Nós vamos […] ressaltar nossas diferenças em relação a muitas medidas que estão sendo tomadas nesse momento.”

O presidente do PT fez tais declarações em entrevista concedida em Aracaju. Ele foi à cidade para participar, neste sábado (6), de encontro do PT sergipano preparatório para o 5º Congresso, que ocorrerá em Salvador a partir de quinta-feira (11).

O tom empregado por Falcão confirma os piores temores de Dilma e seus auxiliares. Receia-se que o Congresso do PT, instância máxima da legenda converta-se numa sessão de exorcismo do ministro Joaquim Levy (Fazenda).
Tomado pelas palavras, Falcão parece obcecado pela ideia de declarar guerra contra o óbvio. Para ele, o PT vive uma realidade de fábula. “Não estamos em crise, apesar do ataque feroz que a direita conservadora, a mídia monopolizada e aqueles que não se conformam com a derrota no passado fazem contra nós.”

O PT é minoritário no Congresso, tem o tesoureiro na cadeia e perde espaço num governo em que a política é tocada pelo PMDB e a economia por um ministro que votou no tucano Aécio Neves. E Falcão: “Não pode ter crise um partido que está há 12 anos no poder, ganhou a quarta eleição consecutiva.”

Falcão reiterou o lero-lero de que petista envolvido em corrupção não permanecerá na legenda. Mas não explicou por que o PT ainda trata os condenados José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares como “herois do povo brasileiro”.

De resto, atacou a Justiça —“não vamos admitir qualquer facção do Judiciário que queira incriminar o PT”— e levou as mãos ao fogo por João Vaccari Neto, o tesoureiro engolfado pela Lava Jato e levado pelo juiz Sérgio Moro para uma cela no Paraná.

“Não há nenhuma prova material contra ele”, disse Falcão. “As maquinações que levaram à prisão dele já foram todas desmentidas, como a movimentação financeira, que é totalmente compatível com seus rendimentos. Esperamos que ele seja solto brevemente porque não se pode condenar ninguém sem provas.”

A onda de rejeição ao PT empurra para outros partidos petistas interessados em disputar as eleições municipais do ano que vem. Mas Falcão dá de ombros para o êxodo. Sustenta que há mais movimento na porta de entrada do que na de saída.

Entre janeiro e junho, disse Falcão, o PT recebeu 17,1 mil novas filiações. Ele ainda contabiliza 139 mil pedidos na fila, aguardando a homologação. Mais: outras 47,2 mil solicitações de ingresso encontram-se sob análise.

Quer dizer: Rui Falcão acredita que dirige uma agremiação próspera, estalando de pureza moral, injustiçada pelos poderosos e condenada ao êxito eterno. Mantida a efervescência na entrada, terá de passar o cadeado no portão.


Por Josias de Souza
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