- CHICAGO — Depois de analisar dados
pessoais de 10 mil adolescentes e jovens adultos americanos, pesquisadores da
Universidade de Northwestern conseguiram detalhar, num estudo, como a chegada
de um filho altera o peso de um homem. Trocando em miúdos, eles foram capazes
de garantir que, na maioria das vezes, ser pai engorda.
De acordo com os resultados da
pesquisa, um homem de 1,82m ganha, em média, 1,98 kg ao ter o primeiro filho.
Mesmo quando ele não mora com a criança, vê a balança registrar 1,48 kg a mais.
Isso significa um aumento de 2,6% no índice de massa corporal (IMC) para os
pais que vivem com o filho, e 2% para quem não divide o teto com ele.
á um homem de 1,82m que não é pai
perde, em média, 0,63 kg no mesmo período.
O estudo, publicado na edição desta
terça-feira do jornal “American Journal of Men's Health”, é um dos primeiros
que examina como a paternidade afeta o IMC. O ganho médio de peso ficou entre
1,57 e 2 kg.
A pesquisa controlou outros fatores que
poderiam contribuir para o ganho de peso, como idade, raça, educação, renda,
atividades diárias e o estado civil. Já se sabe que o casamento também
“engorda” o homem. A paternidade dá uns quilos a mais àqueles que já subiram ao
altar.
— A paternidade pode afetar a saúde dos
homens novos mais ainda do que o casamento — conta o autor principal do estudo
e professor da Universidade de Northwestern, Craig Garfield. — Quanto mais peso
o pai ganha e maior o seu IMC, maior é o risco que ele tem de desenvolver
doenças cardíacas, assim como diabetes e câncer.
O ganho de peso pode ser relacionado a
mudanças no estilo de vida e na alimentação.
— Você ganha novas responsabilidades
quando tem filhos e pode não ter tempo para cuidar da própria saúde, como fazia
antigamente — explica Garfield. — A família torna-se prioridade.
Durante os 20 anos em que foi realizada
a pesquisa, todos os 10.253 participantes tiveram seu IMC medido em quatro
diferentes momentos: no início da adolescência, no final dela, quando tinha
cerca de 25 anos e no início da faixa dos 30 anos.
Os participantes foram divididos em
três grupos: os que não eram pais, os pais que moravam com o filho e aqueles
que não residiam com a criança. No fim, era feita uma média do IMC obtido em
cada um dos quatro períodos. Desta forma, os cientistas determinavam se havia
uma associação entre a paternidade e o índice de massa corporal.
— Agora sabemos que a transição para a
paternidade é um importante estágio de desenvolvimento na saúde do homem —
afirma Garfield. — Precisamos pensar em como ajudar os pais que não costumam
procurar médicos para analisar sua própria saúde.
O Globo
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