- Mossoró completa hoje 163 anos. De acordo com informações do portal do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a cidade foi fundada em 15 de março de 1852. A história da cidade inclui vitórias, desafios e sempre mostra o povo batalhador que por aqui viveu e ainda vive. Com cerca de 284.288 habitantes (população estimada pelo IBGE para 2014), é a segunda cidade mais populosa do Rio Grande do Norte. E para cá, vêm diversas pessoas em busca de oportunidades.
É o caso de Higo Lima, jornalista e funcionário público, natural de Russas (CE). Veio para Mossoró em outubro de 2006 para cursar Comunicação Social na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Aqui morou com amigos dividindo a mesma casa, na época de estudante, até conseguir se formar, trabalhar e buscar seu próprio cantinho. Higo conta que foi movido pelas oportunidades. “Sempre trabalhei. Aqui fiz faculdade, estágio, depois comecei a trabalhar mesmo. Fui ficando. Quando estava pensando em ir embora, passei no concurso e fiquei”, conta.
Agora com emprego público concursado, Higo não pensa em ir embora, mas acredita que a cidade ainda precisa melhorar no que diz respeito a investimentos públicos, principalmente na área de saúde, entretenimento e cultura. Para ir ao show de artistas que gosta, por exemplo, ela conta que precisa se deslocar para outra cidade. No caso de assistência médica também, pois há determinadas especialidades que Mossoró ainda apresenta carência. Mas em relação ao mercado de trabalho, o funcionário público destaca que nunca teve dificuldade. “Nunca fiquei desempregado. Sai de um canto pra outro porque eu quis”, ressalta.
Quando veio para Mossoró em 2008, Hugo Torres, designer, procurava por oportunidades de trabalho e deu certo. Hugo saiu do Pará e veio para morar com os pais que já estavam aqui. “Foi bem rápido”, afirma. Ao deixar um material numa empresa, soube que no local havia necessidade de um profissional na área. Na mesma hora foi convidado para uma entrevista e contratado. “Fui sem nenhuma expectativa. Desde então, sempre consegui trabalhar na área”, afirma.
Mesmo assim, ele acredita que a cidade ainda tem muito que crescer na questão de profissionalização na área de design gráfico. Hugo trabalha com animação em 3D e design 2D e acha que poderia ter mais oportunidades na área gráfica por aqui. Outro ponto que ele destaca é em relação à cultura. “Agora que estou fazendo aula de violão com o ‘Arte e Violão’, vejo que Mossoró precisa valorizar mais a cultura, abrir, divulgar mais. Os grupos que fazem a cultura estão escondidos”, diz.
Mesmo gostando da cidade, principalmente pelo fato de nunca ter ficado sem emprego, Hugo conta que gosta muito de Campinha Grande (PB) e que seria uma opção a pensar, caso haja uma proposta.
Quem está na cidade há pouco tempo também conta que já tem um carinho por Mossoró. Amanhã, 16, completa um ano que a natalense Katrícia Mendes, diretora de arte, se mudou para Mossoró com o marido. “Ele já morava aqui há um ano. Depois que casamos eu me mudei”, diz.
Katrícia comenta que veio achando que seria difícil encontrar oportunidades, sem nenhuma expectativa de emprego. Porém, se surpreendeu porque em poucos dias aqui, já estava empregada. O marido também já havia se mudado pra cá por causa do emprego. “Quando cheguei achei que não seria tão fácil, não seria mais aberto. Mas com 20 dias recebi minha primeira proposta de emprego”, lembra.
A diretora de arte já conhecia a cidade, pois já tinha vindo a trabalho pela imobiliária a qual estava vinculada em Natal. “Eu gosto daqui. Pra mim, a qualidade de vida é melhor do que em Natal”, afirma. Mesmo assim, ela acredita que a cidade deve melhorar na questão do trânsito, assim como também deve investir mais em capacitação profissional.
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