© Copyright British Broadcasting Corporation 2014 Governo norte-coreano tem criticado fortemente a divulgação do filme
A Coreia do Norte
acusou o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, de agir como "um
macaco numa floresta tropical", em mais uma crítica pelo lançamento do
filme A Entrevista, e culpou o governo norte-americano pela
interrupção da internet no país.
A comédia, que gira
em torno de um plano fictício para matar o líder norte-coreano, Kim Jong-un,
foi lançada no Natal, após a estreia ter sido cancelada pela Sony Pictures
devido a um ataque virtual e ameaças.
A decisão de
cancelar o lançamento foi fortemente criticada, inclusive por Obama, sob o
argumento de que a liberdade de expressão estava sob ameaça.
Leia mais: Polêmico
filme 'A Entrevista' estreia em cinemas americanos
Em comunicado
divulgado neste sábado, o porta-voz da Comissão de Defesa Nacional norte-coreanA
criticou fortemente os EUA pelo "filme desonesto e reacionário que fere a
dignidade da liderança suprema da Coreia do Norte e provoca terrorismo".
Segundo o
documento, Obama é "o principal culpado que forçou a Sony Pictures
Entertainment a distribuir indiscriminadamente o filme", chantageando
cinemas nos EUA.
"Obama é
sempre imprudente em palavras e atos, como um macaco numa floresta
tropical."
A grande
dificuldade de Kim Jong-un é que A Entrevista - que apresenta
o líder norte-coreano como um bobo maligna e vão - tem sido amplamente visto
como engraçado e perspicaz, disse o correspondente da BBC em Seul, Stephen
Evans.
Leia mais: Por que
a história do filme 'A Entrevista' revoltou a Coreia do Norte?
Se ativistas
contrabandearem o filme para a Coreia do Norte em pen-drives, como já fazem com
outros filmes, o longa poderá revelar-se bastante poderoso, disse Evans.
O ataque
A comissão
norte-coreana também acusou Washington de, "sem fundamentos",
responsabilizar a Coreia do Norte pelo ataque virtual à Sony.
Inicialmente, a Sony
Pictures havia cancelado a extreia do filme, após sofrer um ataque cibernético
sem precedentes de um grupo que se autodenomina Guardiães da Paz.
Os hackers que invadiram a Sony também ameaçaram atacar cinemas
que exibissem o filme.
O polêmico filme foi exibido em alguns cinemas dos EUA e na
internet. Centenas de salas independentes se ofereceram para exibir o longa. No
entanto, cinemas maiores decidiram não divulgar a comédia.
Na semana passada, o FBI culpou a Coreia do Norte pelo ataque à
Sony, mas muitos especialistas em segurança cibernética disputaram essa versão.
A Coreia do Norte negou estar por trás do ataque, mas o
descreveu como um "ato justo".
Depois, o país sofreu uma grave interrupção no seu acesso à
internet.
BBC Brazil
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