- Os aguapés se multiplicam sobre as águas do Rio Mossoró. Ao contrário do
que muita gente imagina, as plantas até fazem bem ao manancial, visto
que elas se alimentam do material orgânico depositado irregularmente
pela própria comunidade. No entanto, a presença do aguapé é um dos
indicadores do nível elevado da poluição. A Secretaria Municipal de Meio
Ambiente e Urbanismo está buscando uma parceria junto à Secretaria
Estadual de Recursos Hídricos (SEMARH) para realizar um trabalho de
despoluição do Rio.
De acordo com o secretário-adjunto de Meio Ambiente e Urbanismo,
Francidaule Amorim, a gestão do Rio Mossoró é de responsabilidade do
Estado, por isso a busca pela parceria, tendo em vista também que a
Prefeitura não tem condições de bancar o serviço sozinha. Ele explica
que na atual situação que se encontra o manancial somente a retirada dos
aguapés não adiantaria, já que a presença da planta é apenas um
indicador da poluição. “Se existe o aguapé é porque existe antes a
matéria orgânica que a planta se alimenta. Esse material só está
presente devido aos detritos lançados no rio através de esgotos
irregulares, o lixo jogado pela população…
Tirar os aguapés não vai
resolver o problema e prova disso é que o município já realizou ações de
retirada da planta, no entanto elas voltam a nascer justamente porque a
matéria orgânica continua lá. Esta ação que deverá ser realizada está
sendo planejada e vamos buscar o apoio do Estado para realizar o quanto
antes”, destacou o secretário-adjunto.
Ele explica ainda que com mais matéria orgânica no rio, os aguapés se
proliferam e denunciam a sujeira. Sem a chegada de água no manancial
por causa de falta de chuvas, já que não houve um volume considerado
durante o período chuvoso, as plantas permanecem no local. “O mau cheiro
que às vezes é percebido pela população não é ocasionado pelos aguapés e
sim pela sujeira que se concentra no rio”, salienta o secretário.
Gazeta do Oeste
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