- O ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Miguel Rossetto,
receberá, no dia 3 de fevereiro, os representantes das centrais
sindicais para falar sobre as medidas provisórias que alteram as regras
para acesso dos trabalhadores a seguro-desemprego, abono salarial e
seguro-defeso, entre outras coisas.
Segundo informações da Central Única dos Tralhadores (CUT), o
ministro teve um encontro com o presidente da CUT, Vagner Freitas, na
última sexta-feira, quando ficou acertada a reunião com as demais
centrais. Na oportunidade, Rossetto também foi convidado a participar do
lançamento do congresso nacional da central em 5 março em Brasília.
Sobre a decisão do governo de dificultar o acesso a esses direitos trabalhistas,
a assessoria da CUT informa que o ministro alegou que ela faz parte das
“mudanças positivas” que o mercado de trabalho brasileiro sofreu nos
últimos anos, com mais gente empregada e melhora na renda, o que gerou a
necessidade de ajuste. Rossetto também garantiu à central que os
direitos dos trabalhadores serão preservados.
Durante encontro com o presidente da CUT, Miguel Rossetto afirmou que
as medidas têm o compromisso de preservar os direitos dos
trabalhadores.
– O seguro-desemprego é cláusula pétrea. Assim como o salário mínimo,
jornada de trabalho, férias e aposentadoria fazem parte do núcleo duro
dos direitos dos trabalhadores e representam conquistas civilizatórias –
disse.
Para o ministro, as medidas preservam esses direitos e buscam
responder às “grandes e positivas”mudanças ocorridas no mercado de
trabalho e na renda dos trabalhadores. Nos últimos dez anos, 30 milhões
de pessoas passaram a fazer parte do sistema previdenciário e de
proteção social, o salário mínimo, que é a base desse sistema, teve
aumento real de 73% e a expectativa de vida dos brasileiros também
melhorou.
O ministro reforçou que o governo federal está aberto ao diálogo e o
próximo encontro com as centrais tem o objetivo de escutar as opiniões e
propostas dos líderes sindicais.
No dia 13 de janeiro, o ministro Miguel Rossetto, da Secretaria-Geral
da Presidência disse que tentaria articular o apoio às propostas com as
centrais sindicais, mas não indicou, no entanto, que o governo esteja
disposto a flexibilizar algumas das regras anunciadas até agora.
– Estamos seguros da qualidade e da necessidade das medidas – disse.
O ministro chegou a dizer, ainda, que a reunião com as centrais poderá abordar outros temas, mas não detalhou quais.
Correio do Brasil
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